quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Valeu

Eu pensei que tudo fosse ser como no primeiro dia:
A primeira ligação;
O primeiro beijo;
A primeira noite.
Covarde.
Todo mundo tinha razão,
mas eu,
teimosa como nunca,
precisava provar o contrário.
Não.
Não era questão de honra.
Tudo era questão de esperança.
Esperança num mundo melhor;
Esperança no amor;
Esperança num relacionamento,
no respeito mútuo,
numa vida a dois!
Obrigada.
Muito obrigada por me tornar mais fria,
mais seca,
mais calejada.
Obrigada por me jogar de volta no mundo real
e mostrar que a Terra do Nunca
é um mundo só meu.
Obrigada,
acima de tudo,
por matar a esperança que ainda havia em mim
e continuar com sua vida,
como se nada fosse.
Dessa vez,
a duras penas,
mas dessa vez eu aprendi.
Dependo só de mim.

3 comentários:

  1. Se permitir, um texto interessante de um amigo:
    http://nao2nao1.com.br/vacuidade-e-impermanencia-nas-relacoes/

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  2. "O que nos atrai é a vacuidade do outro, não sua impermanência"... O amor genuíno não existe entre identidades temporais, mas entre vacuidades – o que o torna verdadeiramente impessoal e atemporal.

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  3. Soa como uma bela redenção, não? :)

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