quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Último grito

Ok.
Eu sinto muito!
Sinto pelo que sou e não fui,
pelo que poderia ter sido e não aconteceu.
Sinto pela minha pirraça e por nossa infantilidade.
Sinto não poder ter te olhado mais uma vez,
olho no olho,
e ter escutado da sua boca
que não era mulher pra você.
Sinto muito por ter insistido
-e ainda insistir-
em algo sem futuro.
Mas eu sou assim.
Não sei o que aconteceu.
Sou assim,
intensa demais.
Sincera demais.
Essa foi uma das raras vezes que me enganei.
Acreditei e fui iludida.
Não sei se por você ou se por mim.
Não sou só mais uma,
então divirta-se!
Aproveite sua vida,
suas viagens,
suas mulheres
e não se arrependa
quando precisar
e não tiver pra quem ligar pra dizer que o dia não foi bom:
eu estava disposta a isso.
Sendo assim,
repito:
sinto muito!
Só te peço uma última coisa:
por respeito a mim,
não finja que nunca me conheceu!
Eu queria muito conversar de novo,
só nós dois!
Vai ser lindo se um dia você resolver aparecer
e eu ainda estar com algum pensamento em você,
o cara que eu conheci
e que tem milhões de defeitos,
assim como eu,
não o cara perfeito,
o sonho de consumo de qualquer mulher.
Tudo isso porque,
definitivamente,
não sei o que deu em mim pra querer tanto você...
Um cara que é o contrário de tudo que um dia eu quis na vida.
Espero que agora entenda.
Esse foi meu aviso,
meu último grito.

4 comentários:

  1. Lindo o texto, aliás como todos. Parabéns! Gosto muito do seu trabalho e leio quase todos. Bjs!

    ResponderExcluir
  2. Obrigada, Aline! Bom saber que mais pessoas se identificam com o que eu penso e escrevo! Aceito críticas e sugestões, viu? Beijo!

    ResponderExcluir
  3. Amei!!!! Parabéns pelo seu texto! Ele é seu mas fala de todos nós que quando amamos amamos de verdade. beijo

    ResponderExcluir
  4. Obrigada, Tatiana!
    Espero que você se identifique com outros textos também! Nada como encontrar alguém que fale nossa lingua, né?
    Beijo!

    ResponderExcluir