sexta-feira, 29 de julho de 2011

Parênteses a Breguice

Nunca escondi minha adoração por gatos,
assim como meu gosto por homens nunca foi dos melhores.
- Principalmente no quesito beleza!
Só que tem me faltado ar.
Isso eu não conto pra ninguém.
Seguro sozinha.
Aguento.
O motivo?
- Um gato de botas
(Permito os risos)
Aquela figura tão conhecida
e ao mesmo tempo
tão estranha,
misteriosa:
de botas!
A vida inteira abominei botas.
Chapéus, cintos e fivelas?
-Inquestionáveis.
Pois é.
Graças a sequela da meningite,
meu gosto pouco refinado,
conscientemente,
te escolhi.
Um gato de botas
e entre botas.
Isso tudo, olhando de longe.
Óbvio.
De perto,
um Mamute.
Sem máscaras aparentes,
com pêlos de fora,
defeitos nítidos.
Não tem porque.
Não quero querer.
Não sei escolher.
Entre tantos estranhos desconhecidos,
me apaixonei por você.
Rude.
Indomável.
Selvagem.
Feroz.
Perigoso.
Feio.
Ameaçador.
Não sei porque.
Fui até você.
Sem botas,
andei na direção
do gato de botas.

Um comentário:

  1. Só posso escrever uma palavra , SENSACIONAL.
    Márcio Giacon

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