quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Cara

Acho que me apaixonei.
E a essa altura, minha decepção deu espaço a preocupação.
Comigo tudo seria diferente.
Não haveria enrolação.
Eu tinha certeza.
Eu estava certa.
Foi.
Acabou.
Simplesmente, acabou
na mesma velocidade com que começou.
Hilário.
Te dei uma chance.
Me desarmei.
E mesmo sabendo que não fiz nada de errado,
não te ligo.
Por que?
-Por medo de não me atender.
Não te atendo por que?
-Medo de acreditar,
mais uma vez,
nas suas histórias.
Não me importo de ficar dias
sem você.
Me basta a convicção da tua volta.
É muito simples.
Reciprocidade.
Ok.
Medo não é desculpa.
Assim como
Silêncio não é resposta.
Eu quero você.
O cara que só eu converso;
O cara que me escuta;
O cara que,
além de rir de mim,
acorda mal-humorado;
O cara que me acha única.
O cara que ninguém,
além da minha imaginação
e das paredes do seu quarto,
conhece como eu!

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